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As transformações nos veículos de comunicação de massa - Parte I

No início da década de 90, a indústria fonográfica mundial começou a ser desafiada por dois fatores importantes: a pirataria e a compartilhamento de músicas pela internet. Passado alguns anos, o jornalismo impresso também começou a enfrentar uma crise quando assinantes abandonaram a versão impressa de seu jornal preferido e passaram se informar gratuitamente pelos portais de informação, ou versão online do próprio jornal que assinava. As rádios também se viram ameaçadas, pois é possível ouvir a programação das emissoras via computador. Por fim, a televisão aberta também está sendo ameaçada pelas novas tecnologias e pela internet.

Se pudermos definir em uma frase a principal transformação pela qual os veículos de comunicação de massa estão passando ela seria: falha na distribuição. A distribuição é o meio pelo qual o veículo de comunicação envia as mensagens publicitárias e o conteúdo para os indivíduos. No rádio e na televisão aberta, a distribuição se dá pelo ar. No jornalismo impresso, pelo papel. Na indústria fonográfica, pelos discos de vinil, fitas K7 e posteriormente pelo CD. Todos estes veículos estão sendo impactados pelas novas tecnologias em um ponto principal: a distribuição.

Esse é um grave problema, pois estes veículos, principalmente no Brasil, financiam toda sua estrutura exatamente na distribuição, e todos financiados pela publicidade. A lógica é simples: se a distribuição cai, também cai o valor do anuncio nos jornais e revistas. Se a audiência cai, ou seja, a distribuição do conteúdo está atingindo menos pessoas, o valor do comercial da TV e do rádio também cai. A questão é que é muito caro distribuir. 1/3 dos gastos de um jornal se dá na compra de papel. Na televisão, toda a estrutura em rede da programação das emissoras se baseia em números estimados da percentagem da população que assiste a determinado programa. Mas o que está havendo? Por que a distribuição dos conteúdos está sendo fortemente impactada em nossos dias?

Está não é uma resposta simples de se dar. Este problema faz parte de um processo que vem se desenvolvendo desde meados de 1970, e que agora, se tornou demasiadamente grande para muitas empresas de comunicação e que possivelmente não terão condições econômicas de enfrentá-lo.

Continua... (clique aqui para ler)

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